Onde está ó morte o teu aguilhão?


Lembro-me da primeira vez que o encontrei. Lembro-me de como seus olhos encheram-se d’água em nossa primeira conversa. Seu amor e fé me comoveram, me animaram. Tinha a simplicidade de um garoto e uma convicção contagiante; um idealista ele era. Um militante do reino que seguia seu caminho revolucionando através do amor.

Como dói a perda de uma pessoa querida. Por mais que pensemos que ela está em um lugar melhor que este mundo, só de pensar que por um bom tempo não a veremos é quase que inaceitável. Lidar com a morte é estranho, difícil, foge a nós. A impotência nos desconcerta ao ponto de não sabermos o que dizer. O silêncio e o choro são tudo o que conseguimos expressar.

Sei que é por pouco tempo este afastamento, e em breve eu creio, estarei junto com Marcos e todo o resto da galera ao lado do Pai. Enquanto o dia não chega, o manterei vivo fazendo com que seus projetos não parem e tomando para mim seu exemplo de servo fiel.

A morte não é o fim, é o retorno para casa.


"Melhor é ir para a casa onde há luto que para a casa onde há banquete. Porque aí se vê aparecer o fim de todo homem e os vivos nele refletem." (Eclesiastes)



Marcos Volotão. Mais que líder, um grande amigo, um verdadeiro pai.


Comentários

  1. Impossivel esquecer um sujeito como o Marcão... um pai para todos nós, um líder e um mentor!
    Trabalhei com ele durante 7 anos e o conhecia tão bem como alguem da família... e o seu texto mostra muito bem o que ele era!

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